Bhagavad-gita

Literatura

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Conhecido universalmente como a jóia da sabedoria espiritual, o Bhagavad-gita é tradicionalmente de grande relevância nas diversas correntes filosóficas hinduístas. Foi livro de cabeceira do estadista indiano Mohandas Gandhi, que intermediou a independência da Índia junto aos ingleses.

Integrado na moderna cultura indiana, ele nunca sai de moda nem de cartaz. O Bhagavad-gita é tema constante de cinema e seriados para televisão. Sempre com grande audiência, como ocorre com outros épicos védicos, como Ramayana, do poeta Walmik.

Momentos dos personagens Krishna e Arjuna no Bhagavad-gita inspiram músicas, telas, tapeçarias, esculturas e outras obras de artistas modernos. Inspiram também marcas de produtos, e suas imagens são reproduzidas em rótulos e embalagens.

O filósofo e mestre espiritual  A.C. Bhaktivedanta Swami diz que o Bhagavad-gita  é uma das escrituras védicas mais importantes. E explica:

“(…) no Bhagavad-gita, Krishna informa a Arjuna que o Bhagavad-gita foi primeiramente falado ao deus Surya (Sol), e ele o explicou a seu filho Iksvaku, e assim este sistema de Yoga foi transmitido através de sucessão discipular, um orador após outro. Porém, com o passar do tempo, ele se perdeu. Em conseqüência, Krishna tem de falá-lo de novo, desta vez a Arjuna, no campo de batalha de Kuruksetra.”

Ainda segundo o Swami, dos cinco tópicos básicos discutidos no Bhagavad-gita, fica estabelecido que a Pessoa Suprema é o maior de todos; que os seres vivos têm as mesmas qualidades da Pessoa Suprema; que a natureza material não é independente e age sob a direção da Pessoa Suprema; e que a relação entre os seres vivos e a natureza material é regulada pelas leis do tempo eterno e de causa e efeito (karma). O karma garante o sofrimento ou gozo de conseqüências resultantes das atividades praticadas pelas entidades vivas identificadas com a natureza material.

No Ocidente, o Bhagavad-gita é traduzido, recomendado e vendido como um livro de ensinamentos espiritualistas. Em algumas prateleiras de livrarias brasileiras, algumas edições do Bhagavad-gita são catalogadas como “livros esotéricos” ou “livros de auto-ajuda”. Nas bibliotecas, o Bhagavad-gita tanto pode ser encontrado sob estas duas classificações, como pode estar entre as obras filosóficas e sobre espiritismo.