A polêmica das proteínas

Alimentação

proteinas

A ciência moderna já aceita a idéia de que as proteínas animais não sejam as únicas completas. Ou seja, que somente as proteínas animais contêm os oito aminoácidos que o organismo humano parece não fabricar.

Pesquisas do Instituto Max Planck, na Alemanha, por exemplo, demonstram que são ricos em proteínas completas os vegetais: batatas, verduras, leguminosas, cereais, frutas, nozes, amêndoas e grãos comestíveis, como a semente de girassol. Comprovam também que a assimilação das proteínas vegetais requer menos esforço do aparelho digestivo humano do que exige a das proteínas animais.

Estudos reconhecem que um regime pobre em proteínas animais favorece as saúde e a longevidade. O renomado Dr. Ragnar Berg, da Suécia, talvez a maior autoridade em nutrição e bioquímica no mundo, descobriu que a ingestão de 30 a 45 gramas de proteínas por dia, facilmente fornecidas por uma dieta lactovegetariana, é suficiente para qualquer indivíduo. Ao contrário do que se acreditava, de que era necessário o consumo diário de 100 gramas de proteína.

A proporção de proteínas assimiladas pelo organismo humano é de 67% na carne, 82% no leite, 70% no arroz e no queijo, e 63% no trigo e nos feijões. Embora alguns desses alimentos tenham menos proteínas do que a carne em peso equivalente, eles satisfazem facilmente as necessidades diárias do corpo. Meio litro de leite, por exemplo, que contém 4% a 5% de proteínas, fornece 16 gramas de proteínas assimiláveis, o que corresponde a 40% da necessidade diária. E 40 gramas de queijo fresco fornecem mais 30%.

Outra questão importante: proteínas animais cozidas deixam resíduos tóxicos no organismo. O que pode causar sérios danos à saúde, como artrite, acúmulo de ácido úrico e uréia nos tecidos, além de doenças intestinais, cardíacas e renais.

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* Alguns trechos extraídos do livro: Gosto Superior (pg.5); São Paulo: Fundação Bhaktivedanta. 1992.