Mais que uma tradição
A palavra ‘vegetariano’ deriva da palavra latina vegetus, que significa sadio, fresco, vivo. Assim, homo vegetus denota ‘pessoa mental e fisicamente sã’.
E a prática do vegetarianismo é mais que uma tradição, pois tem suas raízes na cultura védica. Há milhares de anos, como demonstram as escrituras védicas, foi muito comum no mundo inteiro.
Com o advento da Era de Ferro (Kali-yuga), há cerca de cinco mil anos, esta prática começou declinar, contudo nunca foi abandonada completamente. E assim já profetizava o conhecimento védico, quando ainda era transmitido na oralidade, de mestre a discípulo, bem antes de ser compilado no Sânscrito pelo sábio Vyasa Deva – uma encarnação de Vishnu.
Hoje, conforme o ensinamento, o desejo e a profecia de outro mestre da Filosofia Védica, Chaitanya Mahaprabhu – uma encarnação de Krishna, que veio ao mundo há pouco mais de 500 anos –, retoma-se a prática do vegetarianismo. Ela cresce a cada dia, rompe fronteiras e conquista adeptos pelo mundo todo – embora ainda considerados minoria e sonhadores que vivem em um mundo de fantasias.
Porém, os mais bem informados acabam descobrindo o que as milenares escrituras védicas defendem: o vegetarianismo é a melhor escolha como alimentação para o ser humano. E que ele implica também uma linha de conduta filosófica e moral – não se restringe apenas a um regime alimentar.
Há muitas teorias sobre alimentação vegetariana, mas as escrituras védicas apresentam o vegetarianismo como abstenção de carne, peixe e ovos. A partir da combinação de legumes, frutas, cereais e produtos lácteos, o regime védico fundamenta-se numa filosofia sadia, na ciência e no bom senso, presente no mundo desde tempos remotos.
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* Alguns trechos extraídos do livro: Gosto Superior (pg.3); São Paulo: Fundação Bhaktivedanta. 1992.